Afinal, o que são hannyas?
Como qualquer elemento histórico, há diversas variações e explicações.
Para o teatro clássico Noh,
do Japão do século XIV, hannyas são um dos tipos de máscaras que
representam diferentes humores e identidades das personagens (sim,
mulheres). As máscaras, sempre exóticas, continham diversas cores, cada
qual com o seu significado (vale dar uma olhada nesse site,
que fala de todos os tipos de máscaras usadas pelo teatro clássico
japonês). São desenhos dessas máscaras que as pessoas tatuam.
Quanto aos ‘demônios’, fala-se que, no
budismo japonês, hannyas equivaleriam aos intensos e confusos
sentimentos humanos, como o ódio, o ciúme, a tristeza, a paixão e o
amor, que, em excesso, poderiam transformar as pessoas nessas criaturas. Nota-se, então, a ligação do termo com as máscaras do teatro Noh.
Mas não, a origem do termo ‘Hannya’ não é o
teatro Noh. Antes de cair nas graças da cultura teatral, ele já
apresentava um contexto mais filosófico. É a transcrição japonesa do
termo sânscrito ‘Prajna’, que, no budismo, significa ‘Sabedoria’. Esse é o tema central do ‘Sutra do Coração da Perfeição da Sabedoria’, ou, em japonês, ‘Hannya Shingyo’. O termo remeteria a uma virtude de Buda e representaria, entre outras coisas, equilíbrio.
Tatuador: Pigmeu
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